Vereador Paulo Sergio Camolesi - REDE 18 Foto: Fabrice Desmonts |
Texto: Paulo Camolesi – Vereador
Como cristão e católico, fico feliz
em ver um líder da nossa igreja, o Papa Francisco, se posicionar a favor dos
cristãos que se metem na política. Ele sabe que é lá onde se tomam as decisões
para uma vida melhor do nosso povo. Isso
me traz uma grande esperança de um mundo melhor, pois acredito que, com esta
mensagem, muitas pessoas corretas, corajosas e de boa índole, ligadas a
movimentos de igreja, líderes de comunidades, estão se despertando para esse
tema.
Em Piracicaba já temos o belo exemplo
do Mandato Coletivo, proposta de campanha com a qual fui eleito. Os grupos do
coletivo se reúnem quinzenalmente em diversos bairros para discutir necessidades
da comunidade e projetos que tramitam na Câmara, orientando o vereador como
deve votar. É uma proposta inovadora na política, que vem dando certo, e o povo
está participando das votações junto ao vereador.
Hoje temos mais de oito grupos com
essa iniciativa se reunindo. Já temos três pré-candidatos motivados pela
mensagem do Papa e preparados para concorrer na próxima eleição como vereador,
tudo por uma política diferente.
Veja a mensagem de Francisco: “Envolver-se na política é uma obrigação
para um cristão. Nós, cristãos, não podemos nos fazer de Pilatos e lavar as
mãos. Não podemos! Devemos nos envolver na política porque a política é uma
das formas mais elevadas da caridade, porque ela procura o bem
comum.”
Ao mesmo tempo, ao ler um artigo escrito por Dom Demétrio Valentini,
Bispo Emérito de Jales, com o título O Brasil Que Nós Queremos, publicado na
edição passada do Folha Cidade, me entristece saber que mesmo o Papa pedindo
mudanças, ainda há muitos líderes que não mostram interesse para isso.
Veja o que ele escreveu sobre um subsídio que circulou na última
assembleia da CNBB: “Foi sintomático o que aconteceu na última assembleia da
CNBB. Foi apresentado um subsídio, denso e consistente com finalidade de
estimular a reflexão sobre o país, com o título: “Pensando o Brasil”. A reação
dos bispos mostrou que a maioria rejeitava o texto, não porque discordasse do
conteúdo, mas porque ele exigia um esforço de leitura e de reflexão.
Quando se prefere não pensar, a situação fica perigosa, pois cedemos o espaço
para quem pensa, rapidamente, na defesa dos próprios interesses, e não olha o
bem comum”.
Então, como vereador, digo com toda tranquilidade que a mensagem do Papa
é muito rica, porque quem vota as leis que vão reger a caminhada do país são os
políticos, são eles que estão dentro do sistema. Se tivéssemos uma maioria que
realmente pensasse no povo, não chegaríamos na situação pela qual estamos
passando e não importa se ainda temos muitas pessoas que não querem discutir
sobre o Brasil, devemos acreditar que é possível mudar.
Devemos mudar quem está nos representando mal e não podemos desanimar,
jogar a toalha. Muitas pessoas também não querem discutir sobre o país e,
embora não saibam, elas dependem da política e dos políticos para viver.
Pense nisso e comece analisar as pessoas que já estão se mostrando como
pré-candidatos. Elas merecem seu voto? Dá para mudar, e mudar para melhor. Eu
acredito!
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Mandato Coletivo