quarta-feira, 4 de maio de 2016

Qualidade do ar em Piracicaba preocupa Camolesi

O requerimento 081/2016, do vereador Paulo Camolesi (Rede), enviado à Cetesb – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo em fevereiro deste ano apresentava vários questionamentos referentes à qualidade do ar em Piracicaba.

Em resposta às preguntas do vereador, a Cetesb afirmou que utiliza os novos padrões estaduais estabelecidos pelo Decreto nº 59.113/13, mas que os padrões nacionais da Resolução Conama de 1990 ainda estão vigentes. A Cetesb possui 2 estações de monitoramento na cidade, sendo uma automática, localizada na Fumep, onde são medidas partículas inaláveis finas, partículas inaláveis, ozônio, dióxido e monóxido de nitrogênio e óxidos de nitrogênio. Na estação manual, no bairro Algodoal é realizado apenas o monitoramento de partículas inaláveis.

Piracicaba apresentou, segundo a Companhia,  índices acima do limite padrão estadual nos anos de 2010 a 2012 em relação ao material particulado, sendo incluída no Plano de Redução de Emissões de Fontes Estacionárias – PREFE 2014, por conta de avaliação do Decreto Estadual de 2013. No Plano há uma relação de empresas alvo deste Plano: Arcelor Mittal, Biomin Nutrição Animal, Cerba Destilaria, Dedini Indústria de Base, Hyundai Montadora e Raízen Energia, buscando-se, no total, uma redução de 352 toneladas de material particulado ao ano. O Plano vem obtendo êxito, pois a Companhia informou que os níveis de partículas inaláveis diminuíram em 2014 e 2015. Em 2016 será realizada uma nova avaliação desse índice.

Piracicaba ultrapassou  16 vezes o padrão máximo
de ozônio em 2016 - Foto: divulgação
Já em relação ao ozônio, os dados são mais preocupantes. Em 2014 foram apontadas 11 ultrapassagens do padrão estadual e em 2015, foram 16 ultrapassagens. A Cetesb informa que tais níveis podem estar associados à emissão dos precursores do ozônio, oriundos de emissões veiculares, processos industriais e produção sucroalcooleira. O ozônio nas camadas de ar próximas à superfície terrestre provoca ardor nos olhos, nariz, boca, agrava asma e doenças respiratórias. Em relação à diminuição do ozônio, a Companhia não citou explicitamente nenhum plano de ação para a redução desse elemento. Para Camolesi, políticas públicas que estimulem o uso de transporte público de qualidade e não motorizados, como a bicicleta, é uma saída para a redução, assim como uma maior fiscalização por parte dos órgãos competentes em relação às indústrias.

No final do requerimento, a Cetesb informa que todos os relatórios, monitoramentos e demais informações pertinentes sobre a qualidade do ar podem ser encontradas no sírio eletrônico da Companhia: cetesb.sp.gov.br.



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