Foto: Fabrice Desmonts |
Aos 13 dias do mês de maio de
2016 aconteceu a 9ª reunião do Grupo de Moradores da Vila Independência, sob a
coordenação do Gabinete do Vereador Paulo Camolesi, para continuar a debater
sobre as providências cabíveis a serem adotadas para solucionar o problema de
PSP – Perturbação do Sossego Público provocado pelas repúblicas de estudantes.
O Vereador Paulo Camolesi abriu a
reunião agradecendo a presença de todos e pediu que aqueles que quisessem e
pudessem, fizessem juntos, em pé, uma oração pedindo que Deus iluminasse as
discussões para obter bons resultados.
Storel, Chefe de Gabinete do
Vereador, relatou sobre os documentos recebidos pelo Gabinete, relativos às
diversas providências que já foram adotadas, distribuindo cópias dos mesmos aos
presentes. A estudante da ESALQ, Vitória que compareceu pela 1ª vez, se
apresentou como moradora da República “Bangalô”, situada à Rua Barão de
Piracicamirim, nº 1.896 e disse que queria conhecer o que acontece nas
reuniões, pedindo aos participantes que mantivessem a calma nos questionamentos
pois estava se sentindo nervosa pelo fato de ser a única estudante na reunião e
os participantes estarem se referindo a ela como se fosse a responsável por
toda a perturbação acontecida no bairro. O morador Rodolfo questionou a
estudante dizendo que “é fácil pedir calma numa reunião como essa, mas depois
de um desgaste de uma noite sem dormir, isso é bem difícil. É a 1ª vez que você
vem e talvez se assuste com o que está acontecendo aqui. Disse que é professor da ESALQ há 40 anos e
que já esteve a ponto de vender a sua casa. Informou também que sofre de asma
“pesada” e está esgotado a ponto de estourar. Um outro morador disse que não
adianta muito conversar com os estudantes, pois a república vizinha à sua casa
jogou camisinhas usadas por sobre o muro, no seu quintal e que ele devolveu.
Depois jogaram ovos para provocar. Um outro morador relatou que se acha
tranquilo agora pois a república sua vizinha mudou-se para a Rua são João.
Outro morador relatou que teve um “bate-boca” violento com os estudantes. Um
Senhor, residente no bairro São Judas e que comparecia pela primeira vez,
relatou que já chamou a PM e que no momento que ela comparece a algazarra
cessa, mas depois que a PM se retira, ela reinicia. Relatou que a gritaria
começa lá pelas 10hs30 da noite e vai até de madrugada. Todo dia tem festa de
aniversário e vem gente de fora da república participar. Um outro morador relatou que são três
repúblicas bem próximas à sua casa e sente-se perturbado com carros parados em
frente à sua porta, descarte de camisinhas, prática de sexo, etc. Das três
repúblicas, uma parou, porém duas continuam com algazarra até 3 ou 4 horas da
madrugada. Já fez 7 BO. Relato de um outro morador: hoje, chegou um carro cheio de bebida na república e além
disso, percebe-se o cheiro de maconha.
O Sr. Carlos informou que das 13
repúblicas denunciadas ao M.P. apenas 8 foram notificadas pelo Promotor e
queria saber a razão. Procurou orientar o morador que veio pela primeira vez de
como proceder para incluir as repúblicas perturbadoras vizinhas de sua casa, no
inquérito do M.P. Explicou que por enquanto o Promotor está com um inquérito
civil aberto para cada república, mas que pode gerar um TAC – Termo de
Ajustamento de Conduta que, se for desrespeitado, além de gerar pesadas multas
poderá se transformar numa ação judicial.
Também foi relatado que por ser
hoje, o dia 13 de maio, quando se faz a tradicional passeata de liberação do
trote dos calouros da ESALQ, o movimento nas repúblicas foi muito forte,
podendo ser considerando um dia atípico em comparação com a normalidade.
Dirceu, vizinho da república “Kurva de Rio” disse que depois da reunião do mês
de abril, quando compareceram 20 estudantes, dois deles, moradores em república
vizinha de sua casa, o esperaram em frente de sua casa para conversar e pedir
desculpas pelas perturbações e se comprometeram
a não perturbar mais. Outro vizinho também disse que antes havia presença
de mulheres e que agora parou. Dirceu concluiu dizendo que a situação nas
proximidades de sua casa melhorou muito.
Carmen pediu a palavra e
historiou o processo das reuniões do grupo para a estudante Vitoria que
comparecia pela 1ª vez. Relatou que a república “No Talo” e uma outra são suas
vizinhas e que a perturbação do sossego
público causou uma grande desvalorização dos imóveis vizinhos. Falou que após o
acolhimento da causa pelo M.P., a “Gato Preto” melhorou muito e qualquer
reincidência que houver, deverá ser levada ao conhecimento do M.P. de forma
oficial (ofício com BO), o que gerará a devida multa estipulada no TAC. A
estudante Vitória disse que não conhece outras repúblicas, mora na “Bangalô” e
que foi chamada na Promotoria para conversar e teve que assinar um documento
que não sabe dizer o que é. Disse que já há algum tempo, conversou com os
vizinhos e que a sua república que tem 4 anos, não está causando perturbação.
Que quando da inauguração houve uma festa grande e muito barulho, mas depois
cessou. Carmen disse que a luta deve continuar mesmo com a situação anterior
tendo melhorado consideravelmente. Devemos ser persistentes na luta para
garantir a qualidade de vida a que temos direito de forma permanente. Disse que
os instrumentos para repressão através do M.P. são o BO da Polícia Militar ou
da Delegacia de Polícia, ou a Autuação do Pelotão Ambiental que deverá ser
encaminhado ao Ministério Público.
A estudante Vitória se propôs a
conversar com quem ela conhece de outras repúblicas para transmitir o que ficou
sabendo sobre esse processo, na reunião. Demonstrou estar muito nervosa durante
a reunião em razão das falas um tanto agressivas dos moradores e ser ela a
única estudante presente. O vereador Paulo Camolesi recomendou que não devemos esmorecer
na caminhada em busca de solução para o problema que estamos enfrentando e
precisamos continuar avançando. Explicou que agora, com os Inquéritos
individuais, devemos focar o comportamento das repúblicas individualmente junto
ao M. P. e buscar aperfeiçoar os dados das fichas das repúblicas. Para encerrar
a reunião foi passada a palavra a cada participante para as considerações
finais.
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