quarta-feira, 25 de maio de 2016

RELATÓRIO DA REUNIÃO COM MORADORES DA V. INDEPENDÊNCIA SOBRE REPÚBLICAS

Foto: Fabrice Desmonts
Aos 13 dias do mês de maio de 2016 aconteceu a 9ª reunião do Grupo de Moradores da Vila Independência, sob a coordenação do Gabinete do Vereador Paulo Camolesi, para continuar a debater sobre as providências cabíveis a serem adotadas para solucionar o problema de PSP – Perturbação do Sossego Público provocado pelas repúblicas de estudantes. 

O Vereador Paulo Camolesi abriu a reunião agradecendo a presença de todos e pediu que aqueles que quisessem e pudessem, fizessem juntos, em pé, uma oração pedindo que Deus iluminasse as discussões para obter bons resultados.

Storel, Chefe de Gabinete do Vereador, relatou sobre os documentos recebidos pelo Gabinete, relativos às diversas providências que já foram adotadas, distribuindo cópias dos mesmos aos presentes. A estudante da ESALQ, Vitória que compareceu pela 1ª vez, se apresentou como moradora da República “Bangalô”, situada à Rua Barão de Piracicamirim, nº 1.896 e disse que queria conhecer o que acontece nas reuniões, pedindo aos participantes que mantivessem a calma nos questionamentos pois estava se sentindo nervosa pelo fato de ser a única estudante na reunião e os participantes estarem se referindo a ela como se fosse a responsável por toda a perturbação acontecida no bairro. O morador Rodolfo questionou a estudante dizendo que “é fácil pedir calma numa reunião como essa, mas depois de um desgaste de uma noite sem dormir, isso é bem difícil. É a 1ª vez que você vem e talvez se assuste com o que está acontecendo aqui.  Disse que é professor da ESALQ há 40 anos e que já esteve a ponto de vender a sua casa. Informou também que sofre de asma “pesada” e está esgotado a ponto de estourar. Um outro morador disse que não adianta muito conversar com os estudantes, pois a república vizinha à sua casa jogou camisinhas usadas por sobre o muro, no seu quintal e que ele devolveu. Depois jogaram ovos para provocar. Um outro morador relatou que se acha tranquilo agora pois a república sua vizinha mudou-se para a Rua são João. Outro morador relatou que teve um “bate-boca” violento com os estudantes. Um Senhor, residente no bairro São Judas e que comparecia pela primeira vez, relatou que já chamou a PM e que no momento que ela comparece a algazarra cessa, mas depois que a PM se retira, ela reinicia. Relatou que a gritaria começa lá pelas 10hs30 da noite e vai até de madrugada. Todo dia tem festa de aniversário e vem gente de fora da república participar.  Um outro morador relatou que são três repúblicas bem próximas à sua casa e sente-se perturbado com carros parados em frente à sua porta, descarte de camisinhas, prática de sexo, etc. Das três repúblicas, uma parou, porém duas continuam com algazarra até 3 ou 4 horas da madrugada. Já fez 7 BO. Relato de um outro morador: hoje, chegou  um carro cheio de bebida na república e além disso, percebe-se o cheiro de maconha.

O Sr. Carlos informou que das 13 repúblicas denunciadas ao M.P. apenas 8 foram notificadas pelo Promotor e queria saber a razão. Procurou orientar o morador que veio pela primeira vez de como proceder para incluir as repúblicas perturbadoras vizinhas de sua casa, no inquérito do M.P. Explicou que por enquanto o Promotor está com um inquérito civil aberto para cada república, mas que pode gerar um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta que, se for desrespeitado, além de gerar pesadas multas poderá se transformar numa ação judicial.

Também foi relatado que por ser hoje, o dia 13 de maio, quando se faz a tradicional passeata de liberação do trote dos calouros da ESALQ, o movimento nas repúblicas foi muito forte, podendo ser considerando um dia atípico em comparação com a normalidade. Dirceu, vizinho da república “Kurva de Rio” disse que depois da reunião do mês de abril, quando compareceram 20 estudantes, dois deles, moradores em república vizinha de sua casa, o esperaram em frente de sua casa para conversar e pedir desculpas pelas perturbações e se comprometeram  a não perturbar mais. Outro vizinho também disse que antes havia presença de mulheres e que agora parou. Dirceu concluiu dizendo que a situação nas proximidades de sua casa melhorou muito.

Carmen pediu a palavra e historiou o processo das reuniões do grupo para a estudante Vitoria que comparecia pela 1ª vez. Relatou que a república “No Talo” e uma outra são suas vizinhas  e que a perturbação do sossego público causou uma grande desvalorização dos imóveis vizinhos. Falou que após o acolhimento da causa pelo M.P., a “Gato Preto” melhorou muito e qualquer reincidência que houver, deverá ser levada ao conhecimento do M.P. de forma oficial (ofício com BO), o que gerará a devida multa estipulada no TAC. A estudante Vitória disse que não conhece outras repúblicas, mora na “Bangalô” e que foi chamada na Promotoria para conversar e teve que assinar um documento que não sabe dizer o que é. Disse que já há algum tempo, conversou com os vizinhos e que a sua república que tem 4 anos, não está causando perturbação. Que quando da inauguração houve uma festa grande e muito barulho, mas depois cessou. Carmen disse que a luta deve continuar mesmo com a situação anterior tendo melhorado consideravelmente. Devemos ser persistentes na luta para garantir a qualidade de vida a que temos direito de forma permanente. Disse que os instrumentos para repressão através do M.P. são o BO da Polícia Militar ou da Delegacia de Polícia, ou a Autuação do Pelotão Ambiental que deverá ser encaminhado ao Ministério Público.

A estudante Vitória se propôs a conversar com quem ela conhece de outras repúblicas para transmitir o que ficou sabendo sobre esse processo, na reunião. Demonstrou estar muito nervosa durante a reunião em razão das falas um tanto agressivas dos moradores e ser ela a única estudante presente. O vereador Paulo Camolesi recomendou que não devemos esmorecer na caminhada em busca de solução para o problema que estamos enfrentando e precisamos continuar avançando. Explicou que agora, com os Inquéritos individuais, devemos focar o comportamento das repúblicas individualmente junto ao M. P. e buscar aperfeiçoar os dados das fichas das repúblicas. Para encerrar a reunião foi passada a palavra a cada participante para as considerações finais.               

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