Foto: divulgação |
O Hospital Regional de Piracicaba, criado para resolver o
problema da carência de vagas de internação e UTI, começou a ser construído em
2010, com prazo para ser entregue em 2012. Quatro anos após o período
estipulado, a unidade ainda não tem data para começar a funcionar. Enquanto
isso, notícias de óbitos de pacientes que aguardavam leito hospitalar em UPAs são
constantes. Com a finalidade de reunir informações para apresentar à população,
o vereador Paulo Camolesi (REDE) formulou o requerimento 735/2016 ao prefeito, no qual
solicitava respostas para seis perguntas sobre a demora no funcionamento do
hospital.
Conforme reportagem publicada no jornal Folha de São Paulo,
em 27 de julho, a obra de construção da unidade médica já consumiu R$ 79
milhões dos cofres municipais, contra R$ 45 milhões previstos inicialmente. O
Estado empenhou R$ 20 milhões em equipamentos, ainda não usados. Ainda segundo
as informações divulgadas, a prefeitura de Piracicaba é a responsável pela
entrega do hospital e o estado pela administração do novo serviço.
Para esclarecer as dúvidas geradas, Camolesi questiona se há
algum documento entre a Prefeitura do Município e o Governo do Estado que
estabelece as condições e responsabilidades de cada instância de governo para a
construção, instrumentalização e operacionalização do Hospital Regional, e
prazos para os governos cumprirem toda a parte que lhes é estabelecida.
Camolesi também quer saber qual o processo licitatório
promovido pela prefeitura para a execução de sua parte nas responsabilidades de
construção do Hospital Regional e se houve terceirização dos serviços
contratados. Para finalizar, ele pergunta a qual instância de governo competirá
a gestão da unidade de saúde e qual o prazo previsto para que esta possa
começar a operar para o atendimento ao público.
“A população carente por demanda de leitos hospitalares não
pode permanecer sujeita às divergências políticas entre os governos municipal e
estadual enquanto pacientes vem à óbito em UPAs, pelo fato de não contar com
vagas de internação e UTI”, comentou o parlamentar.
A propositura será votada na reunião ordinária do dia 1 de setembro, às 19h30, na Câmara de Vereadores de Piracicaba.
A propositura será votada na reunião ordinária do dia 1 de setembro, às 19h30, na Câmara de Vereadores de Piracicaba.
OUTRO LADO - O prefeito Gabriel Ferrato, em
nota ao Jornal de Piracicaba do dia 19 de agosto, afirmou que a parte da
prefeitura está devidamente concluída e que os aperfeiçoamentos exigidos pela
Secretaria de Estado da Saúde não são imprescindíveis e não impedem que a
unidade funcione.
Em resposta, publicada pelo mesmo veículo, em 20 de agosto, a
assessoria de imprensa da secretaria relata ser lamentável o prefeito fazer uso
político da saúde, contando mentiras sobre a real situação da obra no hospital,
que não está pronta.