Há cerca de um ano, o Ministério Público instaurou inquérito civil
sobre o vereador Paulo Camolesi (PV) no
intuito de investigar a contratação de estagiário para seu gabinete. O
vereador, buscando dar maior visibilidade à vaga disponível em seu gabinete,
divulgou no blog do Mandato Coletivo um edital de seleção para estudantes do
curso de Direito. A seleção de estagiário também foi divulgada nas redes
sociais, no mailing do vereador e também foi encaminhado email à Faculdade de
Direito da Unimep.
Três candidatos se mostraram
interessados enviando currículos, dois foram convocados para a entrevista e ao
final, um foi encaminhado ao CIEE para assinatura de contrato de estágio e
demais documentos. Cabe salientar que o estagiário até então era indicado pelo
vereador, ficando a assinatura do termo de contrato tripartite entre a faculdade, o presidente da Câmara e representante do CIEE.
Enquanto o gabinete fazia a
seleção do estudante, uma suposta denúncia realizada pela internet feita ao MP provocou
a abertura do referido inquérito. Camolesi, comprovando ter cumprido todos os
requisitos legais e justificando a divulgação da vaga no intuito de ampliar a
oportunidade para o maior número de jovens possível, satisfez os
questionamentos do promotor e o inquérito foi arquivado. No entanto, outro
inquérito foi aberto pela promotoria para a prefeitura e Câmara para apurar a
contratação dos estagiários.
A Câmara de Vereadores assinou um
TAC – Termo de Ajustamento de Conduta – com o MP e através de Ato da Mesa
regulou a contratação dos estudantes através de prova escrita e entrevista,
dando publicidade às vagas. A prefeitura irá regularizar sua situação através
de projeto de lei do prefeito, conforme noticiado pela imprensa local.
Camolesi, ao divulgar a vaga de
estagiário em seu gabinete, inconscientemente quebrou com velhos costumes.
Hoje, todos os jovens interessados em obter aprendizado no poder público
poderão pleitear a vaga.