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Foto: reprodução |
No último dia 10 de junho, com
início às 19hs30min. aconteceu, no Centro Catequético da Paróquia São Judas
Tadeu, a décima reunião mensal do Grupo de Moradores da Vila Independência para
tratar do problema da PSP – Perturbação do Sossego Público provocado pelas
Repúblicas de Estudantes.
Compareceram: O Vereador Paulo
Camolesi; o Chefe de Gabinete Antônio Oswaldo Storel; a Assessora parlamentar
Debora Furlan Rossini; um grupo de 9 (nove) estudantes e um grupo de 5 (cinco)
moradores (cujos nomes constam da respectiva lista de presença). O vereador
Paulo Camolesi que tem oferecido o apoio logístico de seu Gabinete para a
realização das reuniões, abriu a reunião, convidando a todos para uma oração
coletiva pedindo luzes divinas para que tudo corresse bem. Em seguida convidou
os presentes para uma apresentação individual rápida, momento em que vários
estudantes se identificaram como membros do Conselho de Repúblicas da ESALQ.
Aos que vieram pela primeira vez, Paulo explicou a origem das reuniões,
motivada pelo sofrimento dos moradores com a Perturbação do Sossego Público
causada pelas Repúblicas, dizendo que os piracicabanos acolhem os estudantes de
“braços abertos” e não merecem tal desrespeito. Informou da participação
assídua da Polícia Militar e Pelotão Ambiental nas reuniões realizadas até
aqui, oferecendo orientação clara sobre os procedimentos que devem ser adotados
pelas pessoas incomodadas, como elaboração de B.O. nas Delegacias da Polícia
Civil, com a presença de 3 (três) testemunhas, informação no site da P.M. em
São Paulo (via internet), ou acompanhando a própria P. M. que comparece ao
local da perturbação. Informou também da reunião realizada pelos 3 (três)
representantes dos moradores escolhidos pelo grupo, juntamente com o Vereador
Paulo Camolesi e seu Chefe de Gabinete mais um representante do Conselho de
Repúblicas, com o Diretor da ESALQ, Prof. Nússio e seus assessores, na sala da
Diretoria da escola. Nessa reunião, o Diretor expôs as medidas que havia
adotado internamente, junto aos estudantes e mostrou-se otimista com as
informações sobre as atitudes que o Promotor Público disse que iria adotar, na
audiência que o mesmo grupo teve com ele.: individualizar para cada República
envolvida, o Inquérito Civil e que deveria resultar num TAC – Termo de
Ajustamento de Conduta que estabeleceria multas altíssimas para os moradores e
proprietários dos imóveis ocupados por Repúblicas, caso viessem a reincidir nas
infrações de Perturbação do Sossego Público que, em caso de acontecer, deveria
ser denunciada ao M. P., na forma correta. O Vereador Camolesi ainda estimulou
os estudantes e moradores a uma convivência amigável e pacífica, com permanente
diálogo e bom senso, elogiando e considerando muito positiva a presença dos
estudantes nas últimas reuniões do grupo.
Em seguida passou a palavra aos
estudantes presentes e os primeiros a falar foram representantes do Conselho de
Repúblicas que informaram que foram de casa em casa para falar com os estudantes,
convidando-os a comparecer na reunião de abril e propondo-lhes um
relacionamento positivo com os vizinhos. A estudante Paula, do Conselho de
Repúblicas, que já participa das reuniões há bom tempo, disse que acha que a
situação melhorou bastante. Pediu que o Grupo fizesse um “feed back” sobre a
atuação do Conselho de Repúblicas para saber dos moradores se é preciso fazer
mais alguma coisa.
O estudante representante da
República “Chapadão” colocou-se à disposição para ajudar numa conversa entre
moradores e estudantes. Um estudante que se identificou como vizinho de dona
Ana, disse que não tinha problema com a vizinha e gostaria muito que ela
estivesse presente para pedir-lhe desculpas pelas perturbações acontecidas.
O Morador Sr. Carlos explicou que
os moradores da República “Gato Preto” haviam se mudado e entraram novos
moradores. Falou da situação difícil do bairro com o exagero dos acontecimentos
de perturbação do Sossego Público que vinha ocorrendo e a proteção que a
legislação oferece. Historiou tudo o que vinha acontecendo, inclusive com
incidentes graves, e que hoje, já está bem diferente e se continuar assim, está
ótimo.
Um representante da República
“Kurva de Rio” dizendo que mudou a postura dos moradores para melhorar a
convivência com os vizinhos. Um outro estudante que comparecia pela 1ª vez
disse que apoia a causa dos moradores e acha que é possível controlar o
barulho. Arthur, disse que hoje mora em outro bairro e foi chamado junto com
Lucas para comparecer na reunião. Apesar de não estar mais no bairro, pede
desculpas novamente aos moradores.
Foi também levantada a
dificuldade que está havendo na cidade para se conseguir alugar casa para
repúblicas. No caso específico do estudante, disse que o problema não era a
realização de festas, mas o barulho produzido pelo falatório devido a
coincidência na localização de um espaço de reuniões dos estudantes da
república, em número de 12 (doze), com a localização da janela do quarto da
vizinha, Dona Ana. Explicou que os estudantes resolveram se mudar para outro
local e a casa ficou desocupada por um bom tempo. Sr. Carlos explicou que se a
casa deixou de ser república, teria que ser comunicado ao Promotor para não
continuar o Inquérito Civil. O estudante insistiu em manifestar o desejo de
pedir desculpas aos vizinhos que foram incomodados e dizer que há uma intenção
de todos de melhorar o comportamento.
Outro estudante emitiu a sua
opinião dizendo que a relação entre estudantes e vizinhos não estava mais
saudável e alguma coisa era preciso fazer para mudar a situação, construindo um
bom relacionamento com a vizinhança. O morador Dirceu colocou ao Bruno que
chegou a levantar 5 vezes de madrugada e não era atendido. Hoje, informa que a
situação mudou totalmente e há um diálogo com os estudantes, inclusive assinou
um documento afirmando essa nova realidade de tranquilidade, que foi levado ao
Promotor.
A moradora Vera, relatou que teve
muito trabalho com a República “Chapadão”, com escândalos de moças nuas
deitadas na rua e algazarra que não podia dormir. Lembrou do vizinho que chegou
a arrebentar o carro do estudante por afronta moral. Informou que desde a
reunião de abril, está tudo calmo e espera que continue assim. Relatou o grande
sofrimento por que passou e agradeceu aos estudantes pela nova atitude. O
marido da Sra. Vera confirmou que houve uma mudança no comportamento dos
estudantes e acabou dizendo: “vocês fazem parte das famílias que moram no
bairro e o nosso relacionamento precisa ser bom.” Parabenizou os estudantes e
agradeceu.
O Vereador Paulo Camolesi
transmitiu informação recebida de um professor da ESALQ, de que se o estudante
passar por um processo judicial, não poderá prestar concurso público, quando
profissional.
A estudante Paula, representante
do Conselho de Repúblicas, agradeceu aos estudantes e declarou-se feliz com o
resultado do trabalho. O diálogo da reunião de 08/04 ajudou muito e acha que
deve continuar esse relacionamento entre moradores e estudantes buscando,
juntos, uma melhoria da qualidade de vida para o bairro. Pediu que qualquer
acontecimento negativo seja levado ao conhecimento do Conselho de Repúblicas
para que providências sejam adotadas.
O chefe de gabinete do Vereador
Camolesi explicou o que é um “TAC” e o que ele acarreta, tranquilizando os
estudantes de que não se trata de um processo judicial, mas uma espécie de
“Notificação” e qualquer infração às suas cláusulas causará punição com multa,
de acordo com o valor estabelecido, podendo, no caso de novas reincidências
resultar em processo judicial.
Nada mais havendo a tratar, o
Vereador Paulo Camolesi encerrou a reunião dizendo que a próxima reunião seria
comunicada a todos via e-mail.