segunda-feira, 27 de junho de 2016

MEMÓRIA DA REUNIÃO DO GRUPO DE MORADORES DA VILA INDEPENDÊNCIA SOBRE REPÚBLICAS, REALIZADA EM 10/06/2016

Foto: reprodução
No último dia 10 de junho, com início às 19hs30min. aconteceu, no Centro Catequético da Paróquia São Judas Tadeu, a décima reunião mensal do Grupo de Moradores da Vila Independência para tratar do problema da PSP – Perturbação do Sossego Público provocado pelas Repúblicas de Estudantes.
 
Compareceram: O Vereador Paulo Camolesi; o Chefe de Gabinete Antônio Oswaldo Storel; a Assessora parlamentar Debora Furlan Rossini; um grupo de 9 (nove) estudantes e um grupo de 5 (cinco) moradores (cujos nomes constam da respectiva lista de presença). O vereador Paulo Camolesi que tem oferecido o apoio logístico de seu Gabinete para a realização das reuniões, abriu a reunião, convidando a todos para uma oração coletiva pedindo luzes divinas para que tudo corresse bem. Em seguida convidou os presentes para uma apresentação individual rápida, momento em que vários estudantes se identificaram como membros do Conselho de Repúblicas da ESALQ. Aos que vieram pela primeira vez, Paulo explicou a origem das reuniões, motivada pelo sofrimento dos moradores com a Perturbação do Sossego Público causada pelas Repúblicas, dizendo que os piracicabanos acolhem os estudantes de “braços abertos” e não merecem tal desrespeito. Informou da participação assídua da Polícia Militar e Pelotão Ambiental nas reuniões realizadas até aqui, oferecendo orientação clara sobre os procedimentos que devem ser adotados pelas pessoas incomodadas, como elaboração de B.O. nas Delegacias da Polícia Civil, com a presença de 3 (três) testemunhas, informação no site da P.M. em São Paulo (via internet), ou acompanhando a própria P. M. que comparece ao local da perturbação. Informou também da reunião realizada pelos 3 (três) representantes dos moradores escolhidos pelo grupo, juntamente com o Vereador Paulo Camolesi e seu Chefe de Gabinete mais um representante do Conselho de Repúblicas, com o Diretor da ESALQ, Prof. Nússio e seus assessores, na sala da Diretoria da escola. Nessa reunião, o Diretor expôs as medidas que havia adotado internamente, junto aos estudantes e mostrou-se otimista com as informações sobre as atitudes que o Promotor Público disse que iria adotar, na audiência que o mesmo grupo teve com ele.: individualizar para cada República envolvida, o Inquérito Civil e que deveria resultar num TAC – Termo de Ajustamento de Conduta que estabeleceria multas altíssimas para os moradores e proprietários dos imóveis ocupados por Repúblicas, caso viessem a reincidir nas infrações de Perturbação do Sossego Público que, em caso de acontecer, deveria ser denunciada ao M. P., na forma correta. O Vereador Camolesi ainda estimulou os estudantes e moradores a uma convivência amigável e pacífica, com permanente diálogo e bom senso, elogiando e considerando muito positiva a presença dos estudantes nas últimas reuniões do grupo.

Em seguida passou a palavra aos estudantes presentes e os primeiros a falar foram representantes do Conselho de Repúblicas que informaram que foram de casa em casa para falar com os estudantes, convidando-os a comparecer na reunião de abril e propondo-lhes um relacionamento positivo com os vizinhos. A estudante Paula, do Conselho de Repúblicas, que já participa das reuniões há bom tempo, disse que acha que a situação melhorou bastante. Pediu que o Grupo fizesse um “feed back” sobre a atuação do Conselho de Repúblicas para saber dos moradores se é preciso fazer mais alguma coisa.

O estudante representante da República “Chapadão” colocou-se à disposição para ajudar numa conversa entre moradores e estudantes. Um estudante que se identificou como vizinho de dona Ana, disse que não tinha problema com a vizinha e gostaria muito que ela estivesse presente para pedir-lhe desculpas pelas perturbações acontecidas.

O Morador Sr. Carlos explicou que os moradores da República “Gato Preto” haviam se mudado e entraram novos moradores. Falou da situação difícil do bairro com o exagero dos acontecimentos de perturbação do Sossego Público que vinha ocorrendo e a proteção que a legislação oferece. Historiou tudo o que vinha acontecendo, inclusive com incidentes graves, e que hoje, já está bem diferente e se continuar assim, está ótimo.

Um representante da República “Kurva de Rio” dizendo que mudou a postura dos moradores para melhorar a convivência com os vizinhos. Um outro estudante que comparecia pela 1ª vez disse que apoia a causa dos moradores e acha que é possível controlar o barulho. Arthur, disse que hoje mora em outro bairro e foi chamado junto com Lucas para comparecer na reunião. Apesar de não estar mais no bairro, pede desculpas novamente aos moradores.

Foi também levantada a dificuldade que está havendo na cidade para se conseguir alugar casa para repúblicas. No caso específico do estudante, disse que o problema não era a realização de festas, mas o barulho produzido pelo falatório devido a coincidência na localização de um espaço de reuniões dos estudantes da república, em número de 12 (doze), com a localização da janela do quarto da vizinha, Dona Ana. Explicou que os estudantes resolveram se mudar para outro local e a casa ficou desocupada por um bom tempo. Sr. Carlos explicou que se a casa deixou de ser república, teria que ser comunicado ao Promotor para não continuar o Inquérito Civil. O estudante insistiu em manifestar o desejo de pedir desculpas aos vizinhos que foram incomodados e dizer que há uma intenção de todos de melhorar o comportamento.

Outro estudante emitiu a sua opinião dizendo que a relação entre estudantes e vizinhos não estava mais saudável e alguma coisa era preciso fazer para mudar a situação, construindo um bom relacionamento com a vizinhança. O morador Dirceu colocou ao Bruno que chegou a levantar 5 vezes de madrugada e não era atendido. Hoje, informa que a situação mudou totalmente e há um diálogo com os estudantes, inclusive assinou um documento afirmando essa nova realidade de tranquilidade, que foi levado ao Promotor.

A moradora Vera, relatou que teve muito trabalho com a República “Chapadão”, com escândalos de moças nuas deitadas na rua e algazarra que não podia dormir. Lembrou do vizinho que chegou a arrebentar o carro do estudante por afronta moral. Informou que desde a reunião de abril, está tudo calmo e espera que continue assim. Relatou o grande sofrimento por que passou e agradeceu aos estudantes pela nova atitude. O marido da Sra. Vera confirmou que houve uma mudança no comportamento dos estudantes e acabou dizendo: “vocês fazem parte das famílias que moram no bairro e o nosso relacionamento precisa ser bom.” Parabenizou os estudantes e agradeceu.

O Vereador Paulo Camolesi transmitiu informação recebida de um professor da ESALQ, de que se o estudante passar por um processo judicial, não poderá prestar concurso público, quando profissional.

A estudante Paula, representante do Conselho de Repúblicas, agradeceu aos estudantes e declarou-se feliz com o resultado do trabalho. O diálogo da reunião de 08/04 ajudou muito e acha que deve continuar esse relacionamento entre moradores e estudantes buscando, juntos, uma melhoria da qualidade de vida para o bairro. Pediu que qualquer acontecimento negativo seja levado ao conhecimento do Conselho de Repúblicas para que providências sejam adotadas.

O chefe de gabinete do Vereador Camolesi explicou o que é um “TAC” e o que ele acarreta, tranquilizando os estudantes de que não se trata de um processo judicial, mas uma espécie de “Notificação” e qualquer infração às suas cláusulas causará punição com multa, de acordo com o valor estabelecido, podendo, no caso de novas reincidências resultar em processo judicial.

Nada mais havendo a tratar, o Vereador Paulo Camolesi encerrou a reunião dizendo que a próxima reunião seria comunicada a todos via e-mail.

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