sexta-feira, 26 de junho de 2015

Comissão pede punição a estudantes que fizeram cartaz na Esalq



A Câmara de Vereadores de Piracicaba aprovou na noite de segunda-feira (22), uma moção de repúdio sobre o cartaz exposto na Esalq (Escola de Agricultura Luiz de Queiroz) onde a intimidade sexual de alguns estudantes foi exposta em uma atitude que em alguns casos podem ser entendidas como racista e homofóbica.

A propositura foi elaborada pelo vereador Paulo Camolesi (PV), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Câmara, assinada pela relatora Madalena e pelo membro Capitão Gomes, e aprovada pelos demais vereadores durante reunião ordinária.

No documento, o parlamentar ressalta que a Esalq forma ano a ano "os agrônomos e agrônomas mais bem conceituados da América Latina" e que atitudes como as noticiadas pela imprensa nas últimas semanas é "incompatível com a formação ética que a universidade deveria estimular".

Nota emitida pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), da Presidência da República, também repudiou a atitude isolada de alguns alunos. Segundo o documento, “a fixação do referido cartaz com conteúdo injurioso e racista é crime e uma atitude que reforça o preconceito e a discriminação contra as mulheres no País” sendo que “o ato cometido no campus da USP Piracicaba fere a dignidade humana, viola a Constituição Federal e contraria os preceitos da Lei Maria da Penha”.

A moção aprovada expressa ainda solidariedade às vítimas do cartaz que segundo a Comissão "demonstra, por parte de alguns estudantes, vocação machista, racista e homofóbica, com as quais a sociedade piracicabana, através da Câmara, vem a repudiar".

O Poder Legislativo deve encaminhar o texto aprovado ao Prof. Dr. Luiz Gustavo Nussio, diretor da instituição e à presidente do Centro Acadêmico “Luiz de Queiroz”, Giuliana do Vale Milani, no intuito de que professores, funcionários e alunos tomem ciência da manifestação. A moção pede "que todos os envolvidos nesse ato repulsivo sejam devidamente punidos no âmbito acadêmico, civil e criminal".

A Comissão da Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) estuda convocar o diretor da Esalq para prestar esclarecimentos. A universidade disse para a imprensa ter aberto uma Comissão Sindicante para apurar o que ocorreu e que o diretor ainda não foi informado o

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