Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 |
Através do Requerimento nº
016/2016, protocolado na Câmara em 01 de fevereiro de 2016, o Vereador Paulo
Camolesi solicitou informações ao Chefe do Executivo sobre “diagnóstico,
mapeamento e propostas de segurança preventiva de áreas de risco existentes no
município” e que possam afetar a vida da população em habitações precárias e
sistema viário.
A resposta que chegou à Câmara em
29/02, informa que o município possui sim um diagnóstico das áreas de risco que
envolvem núcleos de moradias precárias ou vias de tráfego de veículos, anexando
09 (nove) locais, com “fichas de campo” e “descrições de área” elaboradas pelo
Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT, em abril de 2014.
No material do Relatório Técnico,
são apresentadas, de cada local, a “Ficha de Campo”, acompanhadas da respectiva
“Descrição de Área”, “Descrição do Processo Observado e/ou Potencial” e “Sugestão
de Intervenções” e são identificadas 02 (duas) “Áreas de risco de deslizamento”
e 07 (sete) “Áreas de risco de inundação”.
Como Áreas de Risco de
Deslizamento são identificadas: Área PRC – 01 – Tatuapé II, localizada à Rua
Honorato Faustino/Avenida Jaú. A Ficha de Campo assinala: evidências de
movimentação – árvores, postes, muros inclinados; sistema de drenagem
superficial inexistente, área desmatada e como processo de instabilização:
escorregamento em deposito na encosta. Como grau de rico: risco 4 –
muito alto; número aproximado de moradores: 1200. Como sugestão de
intervenções: a) estudo para verificar a necessidade de obras de contenção
de taludes de corte e aterro; b) estudos para dimensionamento de dispositivos
de drenagem; c) orientação técnica dirigida aos moradores para evitar intervenções
irregulares na encosta e margem da drenagem; d) orientações aos moradores sobre
como proceder em casos de alertas nas situações críticas de chuva; e) remoção
total dos depósitos de lixo e entulho; f) campanha de conscientização da
população da área para evitar acúmulos de lixo e entulho pois potencializam os
problemas mapeados.
Área PRC – 02 – Bongue,
localizada à Avenida Jaime Pereira; processo de instabilização: queda de
blocos; escorregamento em talude de aterro; deslocamento; condição da estabilidade
dos blocos: condição desfavorável de estabilidade: Grau de Risco – R 3 -
Alto. Descrição: a altura estimada até o topo da encosta é de 40 m; foi
verificada a instalação de dispositivos de retenção de blocos em sua base,
formado por telas metálicas e pilares em concreto armado; a extensão
deste trecho que se encontra em risco é de 1 Km. Sugestão de Intervenções: a)
estudo no sentido da indicação de melhor intervenção para contenção dos blocos
de rocha que poderão se soltar da encosta existente; b) monitoramento periódico
do local; c) orientação aos moradores sobre como proceder em casos de alertas
nas situações críticas de chuva; nº moradores: 08.
As demais sete áreas de risco
identificadas são Áreas de Risco de Inundação e seguem o mesmo formulário de
diagnóstico elaborado pelo IPT e são as seguintes:
Área PRC – 03 – Nova Piracicaba,
Av. Cruzeiro do Sul, junto ao rio Piracicaba, com Risco Médio – R2. Moradores: 200.
Área PRC – 04 – Centro baixo, Avenida Alidor
Pecorari (rua do Porto): com 4.80m, interdita rua; com 5.20m, enche o bairro
Ondinhas; com 6.0m não entra nem caminhão no bairro Ondinhas. Risco: médio – R
2. Moradores: 164.
Área PRC – 05 – Bairro Verde, Av.
31 de Março: rua Santa Cruz, entre Posto BR e o Teatro; subida rápida do nível
d’água e escoamento rápido, aproximadamente 20 minutos; todo ano ocorre, apenas
variando cota; seção reduzida da drenagem; córrego Itapeva. Risco – médio – R
02; moradores: 52 + 15 galpões.
Área PRC – 06 – Bongue, Av.
Inácio de Vasconcelos C. Caldeira; rio Corumbataí: 4 a 5 ruas são atingidas:
residências e chácaras; raio de alcance de 80 m a partir da Avenida;
confluência dos rios Corumbataí e Piracicaba. Risco: médio – R 2. Moradores:
268.
Área PRC 07 – Ondinhas, rua 31 de
outubro (vias não pavimentadas, presença de erosão, drenagem inexistente). Rio
Piracicaba: no final da rua o impacto é maior. Risco: médio – R2. Moradores:
200.
Área PRC – 08 – Santa Teresinha,
rua José Zilio e rua Luiz Correa. Rio Corumbataí: 2010 data da última
inundação; água sai pelo bueiro e bocas de lobo, preenchendo uma área
rebaixada; Risco: médio – R 2. Moradores: 400.
Área PRC – 09 – Vila Rios, rua
Pedro Proett. Ocupação de margem de córrego sujeita a processos de inundação.
Rio Corumbataí: inundação influenciada pelo rio Piracicaba; trecho longo com
casas na margem esquerda do rio. Risco: médio – R 2. Moradores: 100.
Diante desta análise, surge a
preocupação a respeito de como este trabalho técnico do IPT está sendo
aproveitado pela Prefeitura. Os dados coletados são de elevada importância para
se planejar ações concretas afim de eliminar os riscos a que os moradores estão
sujeitos.
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