quarta-feira, 16 de março de 2016

“DIAGNÓSTICO, MAPEAMENTO E SEGURANÇA PREVENTIVA EM ÁREAS DE RISCO”: RESPOSTA A REQUERIMENTO DE CAMOLESI

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946
Através do Requerimento nº 016/2016, protocolado na Câmara em 01 de fevereiro de 2016, o Vereador Paulo Camolesi solicitou informações ao Chefe do Executivo sobre “diagnóstico, mapeamento e propostas de segurança preventiva de áreas de risco existentes no município” e que possam afetar a vida da população em habitações precárias e sistema viário.

A resposta que chegou à Câmara em 29/02, informa que o município possui sim um diagnóstico das áreas de risco que envolvem núcleos de moradias precárias ou vias de tráfego de veículos, anexando 09 (nove) locais, com “fichas de campo” e “descrições de área” elaboradas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT, em abril de 2014.

No material do Relatório Técnico, são apresentadas, de cada local, a “Ficha de Campo”, acompanhadas da respectiva “Descrição de Área”, “Descrição do Processo Observado e/ou Potencial” e “Sugestão de Intervenções” e são identificadas 02 (duas) “Áreas de risco de deslizamento” e 07 (sete) “Áreas de risco de inundação”.

Como Áreas de Risco de Deslizamento são identificadas: Área PRC – 01 – Tatuapé II, localizada à Rua Honorato Faustino/Avenida Jaú. A Ficha de Campo assinala: evidências de movimentação – árvores, postes, muros inclinados; sistema de drenagem superficial inexistente, área desmatada e como processo de instabilização: escorregamento em deposito na encosta. Como grau de rico: risco 4 – muito alto; número aproximado de moradores: 1200. Como sugestão de intervenções: a) estudo para verificar a necessidade de obras de contenção de taludes de corte e aterro; b) estudos para dimensionamento de dispositivos de drenagem; c) orientação técnica dirigida aos moradores para evitar intervenções irregulares na encosta e margem da drenagem; d) orientações aos moradores sobre como proceder em casos de alertas nas situações críticas de chuva; e) remoção total dos depósitos de lixo e entulho; f) campanha de conscientização da população da área para evitar acúmulos de lixo e entulho pois potencializam os problemas mapeados.

Área PRC – 02 – Bongue, localizada à Avenida Jaime Pereira; processo de instabilização: queda de blocos; escorregamento em talude de aterro; deslocamento; condição da estabilidade dos blocos: condição desfavorável de estabilidade: Grau de Risco – R 3 - Alto. Descrição: a altura estimada até o topo da encosta é de 40 m; foi verificada a instalação de dispositivos de retenção de blocos em sua base, formado por telas metálicas e pilares em concreto armado; a extensão deste trecho que se encontra em risco é de 1 Km. Sugestão de Intervenções: a) estudo no sentido da indicação de melhor intervenção para contenção dos blocos de rocha que poderão se soltar da encosta existente; b) monitoramento periódico do local; c) orientação aos moradores sobre como proceder em casos de alertas nas situações críticas de chuva; nº moradores: 08.

As demais sete áreas de risco identificadas são Áreas de Risco de Inundação e seguem o mesmo formulário de diagnóstico elaborado pelo IPT e são as seguintes:

Área PRC – 03 – Nova Piracicaba, Av. Cruzeiro do Sul, junto ao rio Piracicaba, com Risco Médio – R2.  Moradores: 200.

Área PRC – 04 – Centro baixo, Avenida Alidor Pecorari (rua do Porto): com 4.80m, interdita rua; com 5.20m, enche o bairro Ondinhas; com 6.0m não entra nem caminhão no bairro Ondinhas. Risco: médio – R 2. Moradores: 164.

Área PRC – 05 – Bairro Verde, Av. 31 de Março: rua Santa Cruz, entre Posto BR e o Teatro; subida rápida do nível d’água e escoamento rápido, aproximadamente 20 minutos; todo ano ocorre, apenas variando cota; seção reduzida da drenagem; córrego Itapeva. Risco – médio – R 02; moradores: 52 + 15 galpões.

Área PRC – 06 – Bongue, Av. Inácio de Vasconcelos C. Caldeira; rio Corumbataí: 4 a 5 ruas são atingidas: residências e chácaras; raio de alcance de 80 m a partir da Avenida; confluência dos rios Corumbataí e Piracicaba. Risco: médio – R 2. Moradores: 268.

Área PRC 07 – Ondinhas, rua 31 de outubro (vias não pavimentadas, presença de erosão, drenagem inexistente). Rio Piracicaba: no final da rua o impacto é maior. Risco: médio – R2. Moradores: 200.
Área PRC – 08 – Santa Teresinha, rua José Zilio e rua Luiz Correa. Rio Corumbataí: 2010 data da última inundação; água sai pelo bueiro e bocas de lobo, preenchendo uma área rebaixada; Risco: médio – R 2. Moradores: 400.

Área PRC – 09 – Vila Rios, rua Pedro Proett. Ocupação de margem de córrego sujeita a processos de inundação. Rio Corumbataí: inundação influenciada pelo rio Piracicaba; trecho longo com casas na margem esquerda do rio. Risco: médio – R 2. Moradores: 100.

Diante desta análise, surge a preocupação a respeito de como este trabalho técnico do IPT está sendo aproveitado pela Prefeitura. Os dados coletados são de elevada importância para se planejar ações concretas afim de eliminar os riscos a que os moradores estão sujeitos.

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