Quem achava
que as manifestações populares de julho de 2013 ficaram no passado, enganou-se.
Por mais que as pautas fossem de uma grande variedade (redução da passagem de
ônibus, fim da corrupção, prioridade em saúde e educação, etc), o caminho era
um só: a política.
O que
determina o rumo de nossos direitos constituídos como a segurança, educação de
qualidade, a saúde e as condições de mobilidade, dentre outros tantos, são as
políticas públicas elaboradas e discutidas por nossos governantes e representantes.
No entanto, tomando como termômetro a presença do povo nas ruas, sabemos que as
nossas políticas públicas não vão muito bem. Mas por quê?
Nosso povo não
é efetivamente representado. As mulheres são a maioria da população e negros e
pardos também somam praticamente a metade de nossa gente, mas não é essa mesma
proporção que vemos em nossas Casas Legislativas, seja no âmbito municipal,
estadual ou lá no planalto central. A democracia representativa lá do século
XIX já não sustenta mais nossos anseios políticos e sociais e a procuração em
branco dada por nós no dia da eleição aos nossos representantes, o voto, não
tem sido usada por eles da melhor maneira possível, ou seja, no intuito de
buscar uma sociedade mais justa, solidária e igualitária.
E as campanhas
eleitorais? Ganha a eleição que tem melhores propostas para a nossa sociedade
e, por isso, angaria mais votos, correto? Não necessariamente. Quem possui mais
poder econômico, seja este o do próprio bolso, ou de apoio de gente que tem
dinheiro, em geral faz melhores campanhas, pois contam com o trabalho de
profissionais do ramo, contratam pessoas para trabalhar como cabos eleitorais e
na festa da democracia quem acaba comendo do bolo é a fatia mais abastada da
sociedade, com raríssimas exceções.
E a reeleição
então? Prefeito, governador e presidente podem disputar uma só. O limite no
poder Executivo é de 8 anos. Mas e nosso Legislativo? Há quanto tempo nossos
representantes estão lá? A verdade é que para os vereadores, deputados e
senadores, a reeleição não tem limite. Tem gente que entra e só deixa a cadeira
quando pega a passagem só de ida para Cucuia.
Foram por
essas e outras tantas mais indignações com nosso atual sistema político que a
população no Brasil todo resolveu ser a mudança que até então estava por
acontecer. Uma consulta à população convocada por ela mesma, pois é!, para
saber a nossa opinião sobre como
queremos nosso sistema político. Essa
consulta acontecerá de 1º a 07 de setembro em todo país, mas a organização
começa desde já. Aqui em Piracicaba a data marcada é o dia 26 de julho, sábado,
das 8h às 17h na Câmara de Vereadores. Participe! Mais informações em
plebiscitoconstituinte.org.br
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