“A questão da segurança é o
grande receio da população”, disse o vereador Paulo Camolesi durante uso da Tribuna na reunião ordinária
no último dia 30. Camolesi disse que há várias bases da polícia desativadas
pela cidade, citando a exemplo a base do bairro Cecap que há muitos anos está
abandonada, e que hoje até nas escolas as crianças estão tendo contato com as
drogas. As cadeias já estão muito acima de sua capacidade. O Centro de Detenção
Provisória local, cuja capacidade é de 512 detentos, abriga hoje mais de 1.700
pessoas. “Vocês acham que prender mais pessoas vai resolver o problema? Não
vai. Nós precisamos repensar nossas atitudes e eu também me incluo nisso”,
afirmou o vereador. Além disso, ressaltou que esses problemas se originam de
uma minoria audaciosa que acaba inibindo e tomando conta da maioria da
sociedade, das pessoas boas.
Camolesi disse que as igrejas e
templos sempre estão cheios de gente, todavia as crianças já são vítimas do
tráfico de drogas. “Onde está a nossa falha?”, questionou o vereador. Somente a
polícia não será capaz de superar esse mal, já que as pessoas estão se fechando
dentro das próprias casas. A maioria do nosso povo bom está se fechando, está
se isolando com muros, grades, cercas, cães e até mesmo com segurança
particular, desabafou Camolesi.
Segundo o vereador, quando ele convida
para reuniões de comunidades no intuito de discutir os problemas da própria
região, fica difícil, pois poucas pessoas se interessam. A maioria não sai mais
de suas casas. “Precisamos ter atitudes de coragem e tentar melhorar”, disse
Paulo. No entanto, muita coisa boa também tem acontecido. Vindo a pé de sua
casa à Câmara por mais de 6 km, ficou muito satisfeito ao notar que as pessoas varriam
a frente de suas casas e comércios. Não viu ninguém utilizando água para fazer
a limpeza, em respeito e solidariedade à
situação de estiagem, a qual estamos enfrentando. Salientou que ficou muito
feliz com essas pequenas mudanças de hábitos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá!
Antecipadamente agradecemos seu comentário.
Att.,
Mandato Coletivo