O dia 17 de junho de 2013 será
lembrado como um dia de mobilização e reivindicação popular, na esfera
nacional, contra ações dos governos que não atendem aos interesses da
população. Várias capitais brasileiras foram às ruas para demonstrar a
indignação, a princípio, pelo o aumento das passagens do transporte
público. No Rio de Janeiro, o preço
passa de R$ 2,75 para R$ 2,95; na capital
paulista o novo valor da tarifa passou de R$ 3 para R$ 3,20; em Recife, os
preços dos ônibus variam de R$ 1,50
a R$ 3,45, dependendo da linha; Belo Horizonte, de R$ 2 a R$ 2,80 e Brasília, que possui
uma das menores tarifas: de R$ 1,50 e R$ 2 para circulares, podendo chegar a R$
3. Porém, a mobilização popular foi além, e aglutinou questões que já há tempos
estavam atravessadas na garganta da população brasileira.
Reivindicações contra custos
abusivos de obras de infraestrutura para abrigar a Copa do Mundo, a falta de
investimentos em saúde e educação, a necessidade de se combater a corrupção, a
implementação da transparência pública, o passe livre estudantil e o repúdio ao
Projeto de Emenda Constitucional, a PEC 37, que tira o poder do Ministério
Público de investigação e fiscalização nas esferas nacional e estadual, foram
observadas. Todos esses assuntos também fizeram parte do coro dos
manifestantes. No entanto, entre todas as reivindicações, uma das que mais
chamou atenção foi contra a ação violenta da polícia militar aos manifestantes.
O despreparo da polícia e os exageros de certos manifestantes conferiram à mobilização
– até então pacífica - certos momentos de tensão, e porque não, de cenas de
guerrilha.
No mesmo dia em que o país parava
para ouvir os clamores das manifestações em boa parte do território, o Sr.
Helio de Almeida Rocha, em uso da Tribuna Popular aqui na Câmara de Vereadores,
terminou sua explanação com uma frase muito bem colocada: “Onde há barulho, há democracia.
Onde há silêncio, há ditadura”. E Piracicaba também conta com o despertar da
mobilização popular.
O movimento Pula Catraca iniciou sua
mobilização a partir do aumento da tarifa de ônibus para R$ 3,40 neste ano.
Como já citado acima, nenhuma das capitais onde ocorreram as manifestações com
milhares de manifestantes tiveram o aumento da passagem tão exacerbado quanto o
nosso. Os atos do Pula Catraca
ocorreram, em sua maioria, no Terminal Central de Integração (TCI) com a
liberação das catracas pelos manifestantes em horários de pico do uso do
transporte coletivo. Além do elevado preço do bilhete, a reivindicação também estava
relacionada a mais linhas e maior freqüência de ônibus, já que o tempo de
esperar nos pontos e nos terminais, em geral, chega a ser moroso,
principalmente nos horários de entrada e saída escolar e comercial, além de
melhorias estruturais, tanto na frota quanto nos pontos de espera do transporte
coletivo.
Alguns atos do grupo foram
emblemáticos, como a entrada de dois manifestantes em área restrita aos
vereadores durante reunião técnica com o Procurador Geral do Município e o
Secretário de Trânsito e Transportes a fim de explanarem sobre o aumento da
tarifa no mês de março deste ano. Na ocasião, a bandeira do movimento foi
estendida em frente à Mesa Diretora, o que resultou no fim da reunião determinada
pelo presidente dos trabalhos.
Após as manifestações em São Paulo na última
semana, os manifestantes de nossa cidade marcaram uma nova data para a
mobilização: dia 20 de junho, quinta-feira, a partir das 17h no TCI. Essa data
também faz parte da agenda de um outro movimento de nossa cidade, o Reaja
Piracicaba.
Nesse dia 20/06, o Reaja Piracicaba
fará uso da Tribuna Popular na Câmara de Vereadores para registrar a entrega de
Projeto de Lei de Iniciativa Popular que pretende revogar o aumento de 66% do
subsídio dos vereadores (de R$ 6.568,35 para R$ 10.900,00). Foram 8 (oito)
meses de conscientização cidadã e coleta de assinaturas nas ruas do município por parte
dos integrantes do movimento, o que resultou em mais de 20 (vinte) mil
assinaturas da população piracicabana corroborando com a iniciativa do
movimento. Além da revogação, o Reaja Piracicaba também continua coletando
assinaturas para um Projeto de Emenda à Lei Orgânica que regulariza como se
darão os aumentos aos subsídios, limitando-os à inflação e não permitindo que
as votações ocorram em Regime de Urgência ou em Reuniões Extraordinárias
e pela implementação das propostas da CONSOCIAL municipal. O horário de
concentração do grupo está marcado para às 19h em frente à Câmara.
É importante registrar que nos
encontramos em um momento admirável de amadurecimento da democracia participativa,
o que vem ao encontro dos anseios do Mandato Coletivo do vereador Paulo Camolesi . Com a população tendo sua voz ativa
seremos um todo para olhar o conjunto da nossa cidade.
Participe você também de forma
pacífica, apartidária e organizada.
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Att.,
Mandato Coletivo