Através
da Indicação 2696/14, o vereador Paulo Camolesi (PV) sugeriu ao prefeito de
Piracicaba investimentos em ações educativas, esportivas
e culturais em zonas periféricas com profissionais da região proporcionais ao
custeio de internações em clínica de desintoxicação em Piracicaba.
Segundo matéria da
imprensa local publica em 19 de agosto de 2014, a cidade de Piracicaba conta
com mais de 42 mil dependentes químicos, dos quais o município custeia 55 em
clínica de desintoxicação a custo de R$ 1.500,00 cada um ao mês. O total do
investimento em recuperação de dependentes químicos gera uma despesa de R$
82.500,00 mensais. Ao ano, cada dependente em recuperação gera uma despesa de
R$ 18.000,00 ao cofres da cidade.
Embora
sejam dados de 2013, alunos do ensino médio da rede pública do estado de São
Paulo custaram ao erário R$ 3.781,82 ao ano, ou seja R$ 315,15 ao mês. O valor
mínimo previsto à mesma faixa de ensino pelo MEC – Ministério da Educação – foi
de R$ 2.222,00 por estudante ao ano. Num comparativo simplista temos: estudante
recebendo um investimento de R$ 3.781,82 e um dependente químico em recuperação
necessitando de R$ 18.000,00 ao ano.
Com
base nesses cálculos é que sugerimos a presente Indicação. Nossos adolescentes
e jovens hoje passam meio período na escola e a outra parte do dia a maioria
deles passa ociosamente. Poucos são os que trabalham, fazem curso
profissionalizante ou praticam alguma atividade esportiva cultural. Muitas
vezes é por conta desse tempo de ócio que nossos jovens acabam entrando em
contato com as drogas, tornando–se dependentes químicos e alguns até fazendo
parte do tráfico.
Nesse
sentido, sugerimos ao Executivo um investimento proporcional ao dá recuperação
de dependentes para nossos jovens e adolescente dos bairros mais periféricos
utilizando espaços livres em escolas do município ou do estado, centros
comunitários, salões de igrejas e varejões. O intuito é que no período fora da aula
esses alunos possam estar envolvidos com atividades culturais como teatro,
dança, coral e música e artes marciais, pintura e também desenho, por exemplo,
orientados por profissionais dessas áreas que residam preferencialmente no
bairro ou na comunidade.
Tais
cursos poderiam ser de duas a três vezes por semana sempre no mesmo horário e
com um objetivo final: expor os trabalhos realizados ao final do ano para
familiares, amigos e toda a comunidade. A existência desse festival de
apresentações daria uma animação a mais para que os adolescentes e jovens
frequentassem assiduamente esses momentos de integração, desenvolvimento e
aprendizagem e atraíssem mais colegas de sala e de bairro para que
participassem também.
Para
Camolesi, onde o poder público não chega com ações que envolvam a comunidade, a
violência, drogas e crimes acabam se apropriando do espaço e o custo, tanto
psicossocial quanto financeiro, para o restabelecimento de uma vida em
sociedade sadia é muito maior.
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