quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Camolesi quer investimento em ações educativas, esportivas e artísticas para juventude na periferia

Através da Indicação 2696/14, o vereador Paulo Camolesi (PV) sugeriu ao prefeito de Piracicaba investimentos em ações educativas, esportivas e culturais em zonas periféricas com profissionais da região proporcionais ao custeio de internações em clínica de desintoxicação em Piracicaba.
 Segundo matéria da imprensa local publica em 19 de agosto de 2014, a cidade de Piracicaba conta com mais de 42 mil dependentes químicos, dos quais o município custeia 55 em clínica de desintoxicação a custo de R$ 1.500,00 cada um ao mês. O total do investimento em recuperação de dependentes químicos gera uma despesa de R$ 82.500,00 mensais. Ao ano, cada dependente em recuperação gera uma despesa de R$ 18.000,00 ao cofres da cidade.
Embora sejam dados de 2013, alunos do ensino médio da rede pública do estado de São Paulo custaram ao erário R$ 3.781,82 ao ano, ou seja R$ 315,15 ao mês. O valor mínimo previsto à mesma faixa de ensino pelo MEC – Ministério da Educação – foi de R$ 2.222,00 por estudante ao ano. Num comparativo simplista temos: estudante recebendo um investimento de R$ 3.781,82 e um dependente químico em recuperação necessitando de R$ 18.000,00 ao ano.
Com base nesses cálculos é que sugerimos a presente Indicação. Nossos adolescentes e jovens hoje passam meio período na escola e a outra parte do dia a maioria deles passa ociosamente. Poucos são os que trabalham, fazem curso profissionalizante ou praticam alguma atividade esportiva cultural. Muitas vezes é por conta desse tempo de ócio que nossos jovens acabam entrando em contato com as drogas, tornando–se dependentes químicos e alguns até fazendo parte do tráfico.
Nesse sentido, sugerimos ao Executivo um investimento proporcional ao dá recuperação de dependentes para nossos jovens e adolescente dos bairros mais periféricos utilizando espaços livres em escolas do município ou do estado, centros comunitários, salões de igrejas e varejões. O intuito é que no período fora da aula esses alunos possam estar envolvidos com atividades culturais como teatro, dança, coral e música e artes marciais, pintura e também desenho, por exemplo, orientados por profissionais dessas áreas que residam preferencialmente no bairro ou na comunidade.
Tais cursos poderiam ser de duas a três vezes por semana sempre no mesmo horário e com um objetivo final: expor os trabalhos realizados ao final do ano para familiares, amigos e toda a comunidade. A existência desse festival de apresentações daria uma animação a mais para que os adolescentes e jovens frequentassem assiduamente esses momentos de integração, desenvolvimento e aprendizagem e atraíssem mais colegas de sala e de bairro para que participassem também.
Para Camolesi, onde o poder público não chega com ações que envolvam a comunidade, a violência, drogas e crimes acabam se apropriando do espaço e o custo, tanto psicossocial quanto financeiro, para o restabelecimento de uma vida em sociedade sadia é muito maior.


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