Mandato Coletivo: uma luta do Vereador com a comunidade

Foto: Fabrice Desmonts

Atual líder do Mandato Coletivo e vereador, eleito em 2012, Paulo Camolesi se coloca como pré-candidato para mais um mandato como vereador nas eleições, que acontecem em outubro deste ano. Ingressado na vida de comunidade desde os 17 anos de idade, Camolesi começou sua interação na igreja através do movimento jovem JUF (Juventude Unida e Feliz), participando como coordenador por longos anos e no qual ajudou na formação de muitas famílias, que até hoje se mantêm unidas. Foi catequista, coordenador do crisma e coordenador do movimento Cursilho. O vereador também fez parte da Legião de Maria. Neste meio conheceu a esposa, Teodora, com a qual está junto há mais de 33 anos.

Foram 27 anos de trabalho na capela N. Sra. Aparecida e depois na paróquia no bairro Piracicamirim. Camolesi foi responsável ainda pela fundação do jornal Folha Cidade, junto com Silvestre Dillio, articulado ao Prosol (Projeto Solidariedade), com a doação de parte de sua renda mensal em alimentos para instituições que assistem famílias em dificuldades. O jornal também ajuda na manutenção de oficinas de violão em alguns bairros.

Confira agora um pouco sobre a vida política do vereador. 

Blog MC: Em que ano e por qual motivação iniciou a carreira política?

Paulo Camolesi: Tudo começou em 2006, quando criamos o grupo Cidadania. Lembro que éramos mais de 15 pessoas, mas o pessoal foi saindo, ficando, no final, só eu e o Totó Danelon. Recomeçamos o grupo e conseguimos mais ou menos dez membros e, através das discussões no grupo, nós vimos a importância de participar na política, porque é no meio político que as coisas acontecem. 

Blog MC: Quais eram as propostas para a candidatura na primeira eleição?

Paulo Camolesi: A primeira coisa que visualizamos foi que não adiantava só ficar nos reunindo e discutindo problemas sem nos envolvermos diretamente com eles. Assim decidimos ir para a política com a proposta de Mandato Coletivo, formando grupos nas comunidades para que o povo discutisse os projetos que tramitam na Câmara e opinasse junto com o vereador. Outro foco dos grupos também era fomentar lideranças, preparando novos candidatos para a política. Só assim as coisas podem mudar. 

Blog MC: Conseguiu cumprir algumas delas?

Paulo Camolesi: Sim. Nesses três anos e meio, nove grupos foram montados e deles saíram três pré-candidatos para concorrer como vereador nas próximas eleições municipais. E mais muitos desses grupos já estão discutindo projetos que tramitam para serem votados na Câmara de Vereadores, dando um grande suporte ao vereador.

Blog MC: Como o senhor enxerga a política municipal?

Paulo Camolesi: Com pouco tempo dentro da política, vejo que quem manda na Câmara é a base governista, e nem sempre considera o interesse e a necessidade do povo. O que percebo é que muitos dos políticos só trabalham para se manter nesse meio e acredito que dois mandatos são suficientes para um vereador ou deputado mostrar seu trabalho, se ele acredita que pode servir o povo e o povo acredita nele. É interessante tentar uma candidatura que não seja aquela anteriormente exercida, para não ficar “viciado”. Então, se você vai votar em alguém, não vote em quem já está há mais de dois mandatos, não troque seu voto por churrasco, por um jantar, por internações, cargos, promessas estas que depois vão custar caro. Do seu voto depende o futuro do Brasil e precisamos renovar para mudar.   

Blog MC: O que é necessário para que mais munícipes participem e entendam sobre o trabalho de um gestor? 

Paulo Camolesi: Sei que é muito chato acompanhar uma sessão camarária, mas é um dos meios para saber como seu representante vota. Outras formas são acessar o site da Câmara e participar das reuniões nos bairros que o Mandato Coletivo tem. Nesses encontros, se discutem projetos a serem votados, que são importantes para o povo ou que possam prejudica-lo, por isso é fundamental saber como os vereadores votarão.

Blog MC: Qual sua visão sobre o futuro da cidade?

Paulo Camolesi: Acredito que, politicamente, não só Piracicaba mas o Brasil, de um modo geral, está lavando a roupa suja. Pode demorar, mas acredito que o futuro de Piracicaba e do Brasil é promissor e quem decide isso são as pessoas na hora de votar. É preciso analisar se a pessoa a quem você vai dar o voto de confiança tem uma história de trabalho, se é comprometido com a comunidade. Do contrário, vamos continuar as mudanças, mas com lentidão. Nunca esqueça que precisamos renovar para mudar.