Realizado no último dia 31 de outubro, o curso sobre Gestão
de Áreas Verdes no Espaço Urbano foi oferecido na Oficina Municipal em
Pinheiros, São Paulo, com duração de 7h. A Oficina Municipal oferece, por ano,
ao menos 50 cursos gratuitos.
Ministrado por Marilia Fanucchi, a atividade contou também
com a participação de cerca de 30 pessoas das mais variadas cidades do estado
de São Paulo, cada uma delas compartilhando experiências positivas de seus
municípios e refletindo em conjunto perspectivas de melhoramentos.
A importância das áreas verdes na zona urbana é fundamental
para a nossa qualidade de vida: embelezam a cidade, proporcionam um espaço de
descanso e recreação aos moradores e desempenham um papel de fundamental
importância ambiental de regular a temperatura do seu entorno, absorve o ruído
existente na área, drena as águas da chuva e abrigo para diversas espécies de
pássaros, insetos, árvores frutíferas e flores.
São exemplos de áreas verdes urbanas praças e parques
urbanos, parques fluviais, balneários e parques esportivos, jardim botânico,
jardim zoológico, alguns tipos de cemitérios e faixas de ligação entre outras
áreas verdes e é possível encontra-las em áreas públicas, áreas de preservação
permanente (APP) em florestas e unidades de conservação (UC) urbanas, jardins
institucionais e terrenos públicos não edificados.
No entanto, essas áreas precisam ser monitoradas e cuidadas
diariamente, garantindo sempre a qualidade do espaço buscado, caso contrário,
conforme citados pelos participantes, muitos desses locais acabam sendo
degradados, seja por falha no seu manejo por conta do poder público ou por
conta do descaso e falta de educação ambiental por parte da população, a qual
acaba degradando essas áreas depositando entulho, descartando objetos de grande
porte e acumulando resto de podas de áreas particulares.
Na oportunidade, Camolesi citou o exemplo realizado com
moradores do bairro Ipanema com apoio do Mandato Coletivo e parceria entre
Esalq, Unimep, Instituto AmbienteTotal e Sedema para o plantio de árvores no
bairro. “Seria interessante uma articulação entre poder público e população
para que a sociedade tomasse conta dos parques e praças próximos de sua casa
com toda a assistência da prefeitura”, disse o vereador. A cooperação, educação
ambiental nesses espaços bem como a participação da comunidade e condições de permanência
e pluralismo de ideias fazem parte de uma gestão participativa, o que se
encaixa bastante para esses locais, afirmou Marília.
Os principais problemas da arborização urbana em termos
gerais apontados pela turma foi a falta de planejamento urbano e de políticas
públicas, tendo a arborização como rede essencial de infraestrutura, a carência
de quadro técnico e o sucateamento dos órgãos de arborização, efetividade na
fiscalização visando o cumprimento das legislações, necessidade de
regulamentação quanto ao uso e parcelamento do solo e a necessidade de uma
cartilha de arborização devido ao manejo das árvores ser quase dominado por
concessionárias de energia.
Quanto às necessidades, apontou-se os planos de arborização
municipais indispensáveis para a sustentabilidade urbana com participação
popular, quadro técnico com profissionais capacitados, estrutura e condições de
trabalho, resgate dos viveiros municipais, IPTU Verde e Habite-se condicionados
à arborização, estabelecimento de uma agenda pró ativa entre poder público e
comunidade e controle social.
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Att.,
Mandato Coletivo