terça-feira, 6 de setembro de 2016

Relato de reunião do grupo de moradores da Vila Independência perturbados por repúblicas de estudantes

No dia 2 de setembro, às 19h30, no Centro Catequético da Paróquia São Judas Tadeu, reuniu-se mais uma vez, o grupo de moradores da Vila Independência, incomodados com a perturbação do sossego público provocada pelas repúblicas de estudantes da Esalq. Coordenada pelo vereador Paulo Camolesi e contando com a presença de seu chefe de gabinete, Antonio Oswaldo Storel, a reunião contou com a presença de oito moradores e uma estudante que assinaram a respectiva lista de presença. 

A reunião foi iniciada com a oração do Pai Nosso e a palavra foi dada aos presentes para que fizessem, em poucas palavras, uma rápida avaliação da caminhada com reuniões mensais realizadas neste primeiro ano do grupo, que realizou a primeira reunião em setembro de 2015. A maioria dos presentes opinou que valeu a pena a perseverança com as reuniões e que é perceptível uma grande mudança na insuportável situação que era vivida há um ano atrás. Os que assim se expressaram, consideram que o fator preponderante para que a situação mudasse, foi o inquérito civil aberto pelo Ministério Público contra as repúblicas denunciadas. Tal providência mudou o comportamento da maioria dos estudantes que começou a encarar com responsabilidade a sua condição de morador. 

A moradora Paula relatou que a República Gato Preto, que é sua vizinha, não tem mais problemas e os vizinhos estão se relacionando bem com os estudantes. A moradora Maria, que é vizinha de Paula, acha que os estudantes são uns "amores, jovens com espírito familiar e tratam bem os vizinhos". O morador Vanderlei Liva informou que a república, sua vizinha, havia se mudado para outro bairro e então, não havia mais problema. O morador José Fabiano, disse que a República Strunzo, que era sua vizinha e que continuava a provocar PSP, estava se mudando para outro endereço, no bairro São Dimas. Já o morador José Rodolfo Groppo demonstrou sua indignação com os estudantes que residem na república da Rua Barão de Piracicamirim, vizinhos de sua residência, que continuam a provocar PSP, sendo que há poucos dias, teve que chamar novamente o Pelotão Ambiental e o barulho só foi parar por volta da 1 hora da madrugada. Ele afirmou que "a paciência já se esgotou e que não tolerará mais perturbação". 

O morador Carlos Aparecido de Oliveira agradeceu as pessoas que aceitaram se agrupar e perseveraram nas reuniões e também ao vereador Paulo Camolesi e sua equipe que deram suporte para que as reuniões fossem acontecendo e as providências cabíveis fossem encaminhadas. Confirmou a mudança dos moradores da República Strunzo. Ele informou também sobre ofício que recebeu do Ministério Público solicitando que informasse sobre a situação da república sua vizinha e da reposta que enviou informando das perturbações acontecidas mais recentemente, inclusive solicitando que três outros vizinhos também a assinassem como testemunhas. Também disse que tomou essa atitude de anexar testemunhos de outros vizinhos em razão de um modelo de carta que os estudantes estão apresentando para os vizinhos assinarem, atestando que não há mais nenhum tipo de perturbação e que seria apresentada ao Ministério Público, sendo que alguns vizinhos haviam assinado para proteger os estudantes, os quais esperam que o Inquérito seja arquivado. 

Carlos informou ainda que compareceu ao Ministério Público e foi informado por funcionário que o “arquivamento” de inquérito, na verdade aguarda prazo de 180 dias para receber novas denúncias e só após isso, se não houver nenhuma denúncia de PSP, será arquivado definitivamente. Sendo assim, mesmo que o inquérito de alguma república seja arquivado, se houver alguma ocorrência de PSP, a mesma deverá ser registrada oficialmente pelos vizinhos (BO, Pelotão Ambiental ou PM) e levada ao Ministério Público, esclarecendo-se o número do Inquérito correspondente àquela república. 

O morador José Fabiano informou que já foi procurado pelos estudantes para assinar o referido documento e negou-se a assinar em razão de dúvidas sobre novas ocorrências futuras. Já o morador Antonio Dirceu Benato informou que tem conversado com os estudantes da República Kurva de Rio e que os estudantes atenderam seus apelos e cessaram o barulho. Disse também que o proprietário do imóvel foi informado do que seria o TAC – Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público se não cessasse a PSP e que resultaria em multa pesada para os inquilinos e para o proprietário do imóvel. Dirceu disse ainda que cada morador deve assumir a responsabilidade em registrar as ocorrências de PSP (BO, Pelotão Ambiental ou PM) e levar ao Ministério Público, indicando o Inquérito respectivo e que não adianta mais reclamar na reunião, pois estão todos devidamente orientados. 

A moradora Vera informou que a sua residência não está mais sendo incomodada e está tranquila. Há preocupação com os novos que estão chegando na república, com quem ela já conversou e houve entendimento. Informou que na sua rua, três moradores se mudaram de lá. Ela disse que tem agradecido aos estudantes a mudança de comportamento e que tem vizinha que tem filha que estuda na Esalq e tem medo de represália dos estudantes. Vera também se disse representante de outros vizinhos que têm problemas (cadeirante, saúde, etc.) e que não podem comparecer às reuniões. 

A estudante Anna, do Conselho de Repúblicas e moradora da República Café com Leite, se colocou à disposição dos moradores para intermediar algum entendimento. O vereador Paulo Camolesi pediu à Anna para que se comunique com o gabinete, caso precise, pois é conveniente prevenir do que deixar que o caso atinja uma ação judicial que dará muito trabalho e muita dor de cabeça aos envolvidos. O senhor 

Carlos informou que existem repúblicas que não foram denunciadas e que não são alvos de inquérito civil e continuam promovendo perturbação, sendo que os próprios funcionários do Ministério Público lhe relataram estar sendo vítimas; disse que parece que os moradores têm medo de denunciar, ao que Rodolfo retrucou que os incomodados não deveriam ter medo. 

Paulo esclareceu que os vizinhos incomodados deveriam ser convidados a comparecer às reuniões deste grupo, que já concentra as ações para busca de solução. Paulo propôs ao grupo, nesse momento, voltar o foco para um outro objetivo, convidando a estudante Anna a se entender com o Rodolfo que é professor da Esalq, para conversar com o pároco da Igreja São Judas Tadeu, Conego Norberto, que está querendo plantar algumas árvores no pátio da Igreja, tentando elaborar um projeto junto à Esalq. Rodolfo se prontificou a falar com o padre e Paulo o orientou para que falasse em nome do Mandato Coletivo. Sem mais assuntos a serem tratados, foi proposta a data para a próxima reunião, no dia 14 de outubro, caso não haja empecilho com a cessão do local pela Paróquia. 

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Att.,
Mandato Coletivo