quarta-feira, 14 de setembro de 2016

“A CPI do Semae não pode mais esperar”, afirma Camolesi

Vereador Paulo Camolesi em sessão da Câmara
Crédito: Fabrice Desmonts
Assinado ainda em fevereiro deste ano pelo vereador Paulo Camolesi (REDE) e mais 6 vereadores, o requerimento para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito para investigação do Semae – Serviço Municipal de Água e Esgoto, encabeçado pelo vereador Laércio Trevisan Junior, ainda necessita de uma assinatura para tramitar na reunião ordinária da Câmara de Vereadores.

Motivada pelos diversos aumentos na tarifa de água em Piracicaba, uma Comissão de Estudos foi proposta no final do ano passado para análise da situação da autarquia, a qual foi rejeitada pela base do governo na Câmara.

Na sequência, uma nova Comissão de Estudos, dessa vez proposta pela base governista, foi aprovada e o resultado foi apresentado no início de julho deste ano. No relatório final da Comissão constatou-se que o que estava defasando as contas do Semae eram as isenções da tarifa para hospitais e entidades filantrópicas, que sempre ocorreram, mesmo quando o próprio Semae emprestava dinheiro à prefeitura. Em nenhum momento foi abordada a questão da PPP – Parceria Público Privada entre o Semae e a empresa Águas do Mirante, contrato firmado na gestão do ex-prefeito (2012) e atual candidato a prefeito Barjas Negri (PSDB).

Até agora, mais de R$85 milhões foram repassados à empresa e essa “parceria” tem duração de 30 anos. A previsão de repasse total é de R$333 milhões. O diretor-presidente da concessionária que administra a empresa Águas do Mirante, Jorge Carlos Amin, foi preso esta semana em Ribeirão Preto a pedido do Ministério Público, conforme noticiou a imprensa local. O motivo é que Amin é suspeito de participar de esquema junto de funcionários públicos e políticos de fraudes em contratos e licitações que desviaram mais de R$ 200 milhões dos ribeirão-pretanos 

“Essa CPI precisa acontecer.  Já somos sete vereadores assinando, mas ainda falta um! A população não pode encarar essa omissão por parte dos demais com naturalidade. Precisamos de uma investigação mais aprofundada no Semae para verificar, principalmente, essa PPP.”, comentou Camolesi.

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