quinta-feira, 5 de março de 2015

Fórum de Mobilidade Urbana: cidades paulistas compartilharam ações de melhorias no transporte


A edição 60ª do Fórum Paulista de Secretários e Dirigentes Públicos sobre Mobilidade Urbana ocorreu em Piracicaba, no Engenho Central, na última semana de fevereiro. Além do vereador Paulo Camolesi, outros representantes do Poder Legislativo municipal marcaram presença, além do prefeito de Piracicaba, Gabriel Ferrato, e secretários municipais, como do de Trânsito e Transportes, Jorge Akira.

Considerada um dos desafios dos gestores de cidades de médio e grande porte, a mobilidade urbana, conforme fala dos palestrantes, precisa ser repensada dada a demanda de locomoção da nossa população no sentido de incentivar e melhorar o transporte público, buscando aumentar o número de usuários (nos últimos 20 anos a queda no número de passageiros foi de 30%), incentivar transporte não poluente, como ciclovias e ciclofaixas e propiciar que o pedestre, pessoas deficientes e com mobilidade reduzida possam se locomover com facilidade e segurança dentro de uma cidade.

Outro ponto considerado importante foi a questão do valor da passagem de ônibus. A gratuidade no transporte público para idosos, deficientes e acompanhantes, estudantes e demais categorias cujo passe livre é garantido por lei é um ponto a ser considerado no cálculo do valor da passagem. O gestor do transporte de Araras informou que o subsidio ao passe dos estudantes é feito pela Secretaria de Educação. Já o secretário de Suzano registrou que são utilizados recursos de impostos como ISS e IPTU para garantir o passe livre daquela cidade. Uma questão levantada pelos debatedores do evento foi “quem deve pagar o custo do transporte público?” Dados atualizados da Prefeitura de SP apontam que o usuário é quem arca com 60% do custo; o empregador 12%, o orçamento da prefeitura com 25% e outros, 2%.

Em relação ao comprometimento da renda com o transporte nas regiões metropolitanas, em termos gerais, o índice foi de 3,4% em 2009, no entanto, os 10% da população mais pobre tirou de sua renda cerca de 13,6% para poder se locomover. “Quem deve arcar com o custo da passagem dos ônibus é se beneficia com o desafogamento do trânsito, ou seja, quem utiliza carros, os empregadores e o poder público”, disse o mesmo palestrante que fez o questionamento anteriormente. Em Ribeirão Preto, no intuito de diminuir o número de assaltos aos motoristas, não se utiliza mais dinheiro para a compra de passagens, sendo oferecido o cartão magnético já com alguns passes ao usuário no próprio ônibus. Na cidade de Salto, as planilhas de custos do transporte público são discutidas numa Comissão que envolve empresas de ônibus, poder público e usuários. “O aumento da tarifa foi recebido com tranquilidade, pois a população estava ciente de como funciona o sistema”, colocou o gestor daquele município.

Em relação às calçadas, a prefeitura de São José dos Campos realizou um processo de conscientização dos moradores através de abordagens de idosos, explicando a necessidade da manutenção, uniformização e aplicação das diretrizes legais ao mesmo tempo em que realizou a intervenção em todo calçamento dos prédios públicos municipais, investindo 28 milhões de reais em 2 anos para adequar os passeios dos prédios da prefeitura. Num outro momento foi tratada a competência das Guardas Civis Municipais na atuação e fiscalização do trânsito. Atualmente, após a Emenda Constitucional 82 de 2014, a GCM tem sim competência para realizar trabalhos na fiscalização do trânsito. O evento foi de grande valia à Camolesi, com inúmeras informações e várias ações que podem ser adaptadas para implementação em nossa cidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá!
Antecipadamente agradecemos seu comentário.

Att.,
Mandato Coletivo