Sujeira de pássaros gera queixas da população Foto: Divulgação |
Não
é de hoje que a situação de nossa praça central “José Bonifácio” tem levantado
questionamentos, tanto por parte da população, quanto por legisladores deste
município, relativos à questão da sujeira ocasionada por conta do grande número
de pássaros no local. O vereador Paulo Camolesi – PV, fez uma consulta à
população sobre a praça através de redes sociais e várias sugestões pertinentes
foram coletadas.
Para
desenvolver tais ideias, Camolesi se reuniu com especialista na área, Eduardo
R. Alexandrino, biólogo/ornitólogo e doutorando em Ecologia Aplicada pela
ESALQ/USP, do qual estudou as aves da região central de Piracicaba durante seu
mestrado, e vários pontos foram levantados considerados.
Primeiramente,
o número de espécies de aves na Praça Central chega entre 15-20, algo positivo
para uma área central urbana. Será um grande equívoco diminuir o número de
árvores da praça (ou substituí-las por arbustos), conforme anunciado pela Sedema.
Isso porque as únicas espécies ocorrentes lá potencialmente responsáveis pela
"sujeira" diária (ou seja, as possíveis “pragas urbanas”), são
aves que não dependem de árvores para se alimentar ou se reproduzir. Outra
grande consequência negativa será a queda abrupta das aves não prejudiciais, da
qual poderá ainda mais favorecer a elevação da população praga.
Evitar
que a população ofereça alimento às aves pragas é um método eficaz. No entanto,
a eficiência da multa é outro ponto extremamente crítico. Não basta multar
apenas as pessoas que são pegas oferecendo alimento na praça. Se alguém mais nas redondezas fornecer
alimento a elas, todo o esforço na praça central não será 100% eficaz.
Outro
ponto a considerar são os locais aptos a nidificação (construção de ninhos)
destas espécies pragas. É necessário diminuir tais locais, como caixas para ar
condicionado, qualquer "esconderijo" nos telhados dos prédios da
região central, sacadas de janelas, etc. Estes locais precisam ser fechados com
telas para evitar o estabelecimento de seus ninhos.
Sedema realiza limpeza quase que diariamente na praça central Foto: Divulgação |
O
plantio de árvores em outros pontos da região central também colaboraria com a
melhoria da praça. Diversos estudos realizados em outras cidades no mundo já
provaram que as espécies pragas ocorrem principalmente em zonas com pouca
cobertura arbórea. Este mesmo resultado foi encontrado para a região central de
Piracicaba durante a pesquisa de Eduardo.
Considerar
a simulação da presença de predadores como falcões e corujas através de modelos
taxidermizados (empalhados) por um tempo determinado em alguns pontos
estratégicos na praça também seria outro método. A presença de predadores
naturais é uma forma de afugentar pragas. Infelizmente o número de pragas
existentes na praça excede muito o número de predadores viventes na região.
Sugere-se
que haja uma campanha através de rádio, jornais, placas indicativas e de
orientadores treinados na própria praça a respeito da necessidade de não se
alimentar as “aves pragas”, por motivos de higiene, saúde e de equilíbrio
ambiental.
Tais
sugestões foram encaminhadas à Sedema através de ofício nessa semana, no qual o
vereador também pedia uma reunião para tratar melhor do assunto.
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