quarta-feira, 29 de julho de 2015

SELAM RESPONDE A REQUERIMENTO DE CAMOLESI E NÃO INFORMA DADOS SOLICITADOS


No dia 22 de janeiro deste ano, atendendo questionamentos do Mandato Coletivo, o Vereador Paulo Camolesi - PV protocolou na Câmara o Requerimento nº 040/2015 que, após devidamente aprovado pelo plenário, foi encaminhado ao Chefe do Executivo obedecendo aos trâmites legais estabelecidos na Lei Orgânica do Município e no Regimento Interno da Câmara.

O Requerimento solicitava informações importantes sobre a participação de nossa cidade nos Jogos Regionais e Jogos Abertos do Interior nos últimos três anos, como: quantos atletas participaram defendendo o nome de Piracicaba;  quantos eram oriundos de outros municípios; se algum dos atletas oriundos receberam algum tipo de benefício como dinheiro, moradia, bolsa de estudos, etc, para participar dos jogos; quantos atletas eram  formados no projeto desporto de base de Piracicaba e se esses atletas também receberam algum tipo de benefício; qual foi a despesa total do município em cada uma daquelas competições; qual o investimento feito com o projeto desporto de base para formação de atletas locais; quais as modalidades desenvolvidas e quais os atletas assim formados que mais se destacaram.

A resposta da Prefeitura, através da SELAM, foi protocolada na Câmara no dia 12/05/2015, após aprovados pedidos de dilatação do prazo regimental e veio recheada de um texto bastante prolixo e subjetivo, dizendo que valores, recursos e orçamentos foram aprovados pela Câmara no PPA, LDOs e LOAs. E que toda a delegação de Piracicaba para as competições oficiais é formada a partir das equipes representativas das associações parceiras e/ou conveniadas.

O único número informado é que “uma média de mais de 1.500 atletas e componentes das comissões técnicas fazem parte desse trabalho que culmina com nossas delegações nessas competições, variando de acordo com o regulamento do governo estadual.”

E o texto da resposta continua: “Para a formação dessas equipes e delegações, não fazemos distinção, nem poderíamos (isso não ocorre no esporte e seria um absurdo até mesmo constitucional), se os atletas ou comissões que nos representam nasceram ou moram em nossa cidade ou não, isso seria uma descriminação absurda, ainda mais no âmbito do esporte onde os atletas circulam e transitam pelas equipes de todo o estado, país, e até mesmo no exterior (para exemplificar hoje temos uma atleta de handebol oriunda do Projeto Desporto de Base que joga na seleção brasileira e mora e joga na Áustria).

Ainda, na resposta da SELAM: “Vale ressaltar que no âmbito do esporte não ocorre esta xenofobia de naturalidade e nacionalidade de atletas e comissões, o que se busca, cada vez mais é o intercâmbio de técnicas e conhecimento (que ocorre de diversas formas), para desenvolver o esporte do país como um todo, e consequentemente, em cada cidade.”

Sobre a formação de atletas de alto nível, eis a resposta: “Cabe esclarecer ainda, no que se refere ao ‘surgimento’ de atletas de alto nível, que os talentos esportivos podem ocorrer em qualquer rincão de nosso planeta, e muitas vezes não está relacionado às condições de existência de projetos locais de formação esportiva. Mas sim a uma complexa gama de fatores que vão desde as particularidades genéticas de cada indivíduo, e sua adequação a cada tipo de modalidade...”

A respeito da escalação de atletas de alto rendimento, a SELAM afirma: “Um questionamento que foi feito e solicitado no requerimento, e que fazemos a seguir, é que a escalação de atletas de alto rendimento e as comissões técnicas das equipes são feitas pelas associações parceiras e conveniadas, com o apoio do poder público municipal...”

Para informar sobre os investimentos nessas competições, a SELAM diz: “Com relação aos recursos investidos desde a formação até o alto rendimento dentro de sua complexidade e realidade no país, os mesmos já constam e fazem parte da LOA da Prefeitura do Município de Piracicaba/Secretaria de Esportes Lazer e Atividades Motoras, e inclusive são aprovadas anualmente pela Câmara de Vereadores, assim como ocorre com todas as outras ações do Poder Público”.

As ações do Projeto Desporto de Base são “explicadas” da seguinte maneira: “O Projeto Desporto de Base, como mais uma vez ressaltamos, não é uma ação isolada de formação esportiva e compreende em sua concepção desde as aulas de educação física que ocorrem em todas as escolas, passando pelos núcleos de iniciação, aperfeiçoamento e treinamento (sejam  os mantidos diretamente pelo poder público ou mesmo pelos nossos parceiros), até a possibilidade de surgimento de talentos esportivos, como é o caso de muitos de nossos atletas que já representam nossas equipes locais, de outras cidades, seleções estaduais, nacionais e até mesmo jogam no exterior.”

Esses fatos, inclusive, têm sido constantemente divulgados pela imprensa local e nos sites da área, inclusive muitos desses atletas e técnicos tem sido regularmente homenageados e tido seu reconhecimento público pela própria Câmara de Vereadores...”

Assim, a resposta da SELAM ao Requerimento do Vereador Camolesi, cujos questionamentos surgiram nas discussões do Mandato Coletivo, ficou recheada de palavras e nenhum número, deixando de satisfazer a necessária transparência das ações do Poder Público para com a população. Quanto aos investimentos, as alegações de que as informações já constam do Orçamento Municipal, são parciais uma vez que os detalhes não estão lá e também quanto aos números de atletas solicitados nas diversas questões, nada consta.

Qual o motivo que a SELAM poderia alegar para não divulgar esses números solicitados?




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá!
Antecipadamente agradecemos seu comentário.

Att.,
Mandato Coletivo