quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Participação Popular na Administração Pública foi tema de curso de capacitação

O compromisso do Mandato Coletivo com a participação popular nas discussões e decisões no Legislativo fez com que membros do gabinete fossem até São Paulo nesta última segunda-feira para participar de curso de capacitação em São Paulo. O curso, com duração de sete horas, aconteceu na Oficina Municipal - escola de cidadania e gestão pública que oferece diversos cursos, muitos deles gratuitos, financiados pela Fundação Konrad Adenauer, organização política alemã com princípios cristãos-democráticos.

Como fazer com que os processos de participação popular não sejam meros atos administrativos obrigatórios? Como garantir que a participação popular torne-se verdadeira e que a população não seja apenas expectadora dos gestores da administração pública?  Estas perguntas, entre outras, foram bases que sustentaram as discussões. O curso foi dividido em duas partes: na primeira, uma simulação de audiência pública, como um exercício de trabalho colaborativo; na segunda, realizou-se apresentação e experimentação de ferramentas de diálogo e aprendizagem coletiva.

Um pequeno resumo dos aprendizados:
- Construção de consentimentos é mais colaborativo do que insistir em consenso;
- Ao invés de conduzir precisamos aprender a facilitar processos e conversas significativas, e isto exige preparo;
1. Falar com a devida intenção: ou seja, pensar antes de falar, amadurecer uma idéia antes de expor aos demais, evita desgastes e colabora com a fluidez das trocas;
2. Ouvir com atenção: um dos grandes problemas dos trabalhos grupais são as idéias prontas em que os participantes levam consigo e assim impedem a si mesmo de ouvir e reconstruir suas propostas. Mais importante do que convencer é conversar;
3. O silêncio faz parte da conversa: aprender a entender e a ler o que não é dito é tão importante quanto considerar as idéias elaboradas verbalmente;
4. Tudo o que acontece no círculo de conversa permanece dentro dele: construir a confiança entre os membros permite uma maior predisposição ao diálogo;
- É importante as contradições e conflitos para existir diálogo;

Por fim, cabe ressaltar que a resolução de problemas complexos de gestão pública exige todo esforço de olhares complementares em que o maior desafio é ultrapassarmos os limites dos debates vazios para a construção colaborativa de soluções. 

Consultas públicas, audiências, oficinas de orçamento participativo, reuniões comunitárias, e tantos outros espaços de encontro para decidir coletivamente poderiam se beneficiar com o aprimoramento de metodologias participativas e tornar os processos democráticos de tomas da decisão mais qualificados e prazerosos. Para você que se interessou, seguem algumas dicas de leitura:
- Poder e Amor, teoria e prática da mudança social de Adam Kahane.
- Artistas do Invisível – O processo social e o profissional do desenvolvimento de Allan Kaplan.
- Oficina Municipal: www.oficinamunicipal.org.br







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Att.,
Mandato Coletivo