O compromisso do
Mandato Coletivo com a participação popular nas discussões e decisões no Legislativo
fez com que membros do gabinete fossem até São Paulo nesta última segunda-feira
para participar de curso de capacitação em São Paulo. O curso,
com duração de sete horas, aconteceu na Oficina Municipal - escola de cidadania
e gestão pública que oferece diversos cursos, muitos deles gratuitos,
financiados pela Fundação Konrad Adenauer, organização política alemã com
princípios cristãos-democráticos.
Como fazer com
que os processos de participação popular não sejam meros atos administrativos
obrigatórios? Como garantir que a participação popular torne-se verdadeira e
que a população não seja apenas expectadora dos gestores da administração
pública? Estas perguntas, entre outras,
foram bases que sustentaram as discussões. O curso foi dividido em duas partes:
na primeira, uma simulação de audiência pública, como um exercício de trabalho
colaborativo; na segunda, realizou-se apresentação e experimentação de
ferramentas de diálogo e aprendizagem coletiva.
Um pequeno
resumo dos aprendizados:
- Construção de consentimentos é mais colaborativo do
que insistir em consenso;
- Ao invés de conduzir precisamos aprender a facilitar processos e conversas
significativas, e isto exige preparo;
1. Falar com a
devida intenção: ou seja, pensar antes de falar, amadurecer uma idéia antes de
expor aos demais, evita desgastes e colabora com a fluidez das trocas;
2. Ouvir com
atenção: um dos grandes problemas dos trabalhos grupais são as idéias prontas
em que os participantes levam consigo e assim impedem a si mesmo de ouvir e
reconstruir suas propostas. Mais importante do que convencer é conversar;
3. O silêncio
faz parte da conversa: aprender a entender e a ler o que não é dito é tão
importante quanto considerar as idéias elaboradas verbalmente;
4. Tudo o que
acontece no círculo de conversa permanece dentro dele: construir a confiança
entre os membros permite uma maior predisposição ao diálogo;
- É importante
as contradições e conflitos para existir diálogo;
Por fim, cabe
ressaltar que a resolução de problemas complexos de gestão pública exige todo esforço
de olhares complementares em que o maior desafio é ultrapassarmos os limites
dos debates vazios para a construção colaborativa de soluções.
Consultas
públicas, audiências, oficinas de orçamento participativo, reuniões
comunitárias, e tantos outros espaços de encontro para decidir coletivamente poderiam
se beneficiar com o aprimoramento de metodologias participativas e tornar os
processos democráticos de tomas da decisão mais qualificados e prazerosos. Para
você que se interessou, seguem algumas dicas de leitura:
- Poder e Amor,
teoria e prática da mudança social de Adam Kahane.
- Artistas do
Invisível – O processo social e o profissional do desenvolvimento de Allan
Kaplan.
- Oficina
Municipal: www.oficinamunicipal.org.br
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Att.,
Mandato Coletivo